Esse artigo reúne as principais informações sobre a maconha: fique por dentro de como é a sua composição, quais são as possíveis formas de utilizá-la e quais os seus efeitos.

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Sumário

  1. Como tudo começa: a maconha é apenas uma planta — a Cannabis
  2. A planta feminina da maconha
  3. Tipos de canabinóides e os efeitos da maconha no corpo humano
  4. THC
  5. CBD
  6. Terpenos
  7. Diferentes espécies de maconha
  8. Cannabis Sativa
  9. Cannabis Indica
  10. Maconha Medicinal
  11. Exemplos de doenças que podem ser tratadas com Cannabis
  12. Cannabis Sativa e seu uso medicinal no Brasil
  13. Quanto tempo a maconha fica no seu corpo?
  14. As formas de uso recreativo da maconha
  15. Tipos de strains
  16. Haxixe
  17. Cultivo da maconha
  18. Considerações finais

A maconha é uma planta que, além de substâncias psicoativas que afetam o sistema nervoso, também tem componentes medicinaisextremamente importantes para o tratamento de doenças sérias.

Nesse contexto, tem diferentes significados e diferentes utilidades nas diversas regiões do mundo. Em alguns países, as pessoas usam o cânhamo como matéria-prima para fazer as roupas. Em outros lugares, usam a cannabis como medicina e vendem em farmácias ou boticárias.

Não por menos, é bastante simplista afirmar que a maconha só serve para recreação, como também fazem algumas pessoas de alguns lugares.

Por causa dessa versatilidade, as pessoas confundem as formas de usar maconha: reduzem sua utilidade apenas ao uso recreativo. O que não é verdade.

Algumas polêmicas e conceitos pré-estabelecidos ajudam a distorcer as informações e confundir as pessoas sobre os usos dessa planta.

No fim das contas, a verdade é que os efeitos e as consequências dependem da forma e da substância da maconha que usar.

Para te ajudar a esclarecer e discernir essas informações, esse artigo propõe uma discussão séria e profunda sobre o que é a maconha, quais são as formas de utilizá-la e qual sua importância. Vamos lá?

Como tudo começa: a maconha é apenas uma planta — a Cannabis

Apesar de todo burburinho em torno da maconha — especialmente pelos avanços das pesquisas do uso medicinal da cannabis, essa não é uma história recente.

Há registro do uso de maconha por seres humanos há 6.000 anos. No entanto, somente a partir do início do século 20, exatamente quando o uso se tornou ilegal ou crime em alguns países, é que as pessoas passaram a ter mais conhecimento quanto ao potencial da planta.

Anatomia da cannabis: parte feminina e masculina
Fonte: Marijuana Subjects

Para entender melhor o que é a cannabis e onde esse assunto começa, é fundamental entender mais sobre a planta em si.

Para isso, precisa deixar os preconceitos de lado: a maconha não é uma planta milagrosa, nem uma planta má. É só uma planta.

A Cannabis têm plantas femininas e masculinas. Ou seja, existem indivíduos de plantas que têm apenas o órgão reprodutor masculino (estames e pólen) e outras que têm apenas o órgão reprodutor feminino (estigma, ovários e daí por diante).

A planta feminina da maconha

A planta feminina da Cannabis produz conjuntos de pequenos brotos, que as pessoas cortam para usar de forma comercial.

Seus tricomas, pequenos pelos da parte externa das flores de Cannabis, produzem e secretam uma resina, que contém canabinóides e terpenos.

Ou seja, a maconha comercializada é originária apenas de plantas femininas, que têm hastes longas e magras e grandes folhas em formato de leque.

Dentre os mais de 750 compostos que a maconha tem, cerca de 104 são canabinóides, como, por exemplo, o THC e o CBD.

Tipos de canabinóides e os efeitos da maconha no corpo humano

Os canabinóides são uma classe de compostos químicos que ativam proteínas que permitem a interação das substâncias da planta com o metabolismo das células.

Em termos mais simples, são substâncias da Cannabis Sativa que interagem com o funcionamento do corpo das pessoas. Dentre tantos canabinóides presentes na maconha, os dois mais populares são o THC e o CBD.

Para entender melhor o efeito dos canabinóides no corpo das pessoas, precisamos começar com o sistema endocanabinóideele recebe esse nome porque foi a Cannabis que levou à sua descoberta. 

Esse sistema é responsável por sentirmos fome e dor. O tetrahidrocanabinol (THC) se interliga aos receptores desse sistema, enquanto que o CBD aumenta e melhora a produção dos nossos próprios endocanabinóides.

THC

É provável que o delta-9-tetra-hidrocanabinol (THC) seja o canabinóide que você já conhece. De fato, é o mais popular. Afinal de contas, é essa substância que causa os efeitos psicoativos ou o “alto sentido” da maconha.

É por causa dessa substância, que a maconha pode alivar a dor, funcionar como anti-náusea, ajudar no sono e no apetite e estimular o humor.

CBD

O canabidiol (CBD), por sua vez, não tem qualquer efeito psicoativo. Ou seja, a interação dessa substância com o corpo não causa nenhuma alteração da consciência das pessoas.

Por outro lado, diversas pesquisas científicas estão estudando o CBD em razão de suas propriedades medicinais. A conclusão desses estudos é que o CBD é um remédio eficaz para diversas doenças.

Os principais efeitos do CBD são alívio da dor e de náuseas, além de redução de inflamações, da ansiedade e de convulsões.

Diferença entre THC e CBD
Fonte: Visual Capitalist

As pesquisas também indicam que o CBD pode alterar os efeitos de outras substâncias químicas naturais presentes nos seres humanos e diminuir os efeitos do THC.

Terpenos

Além dos canabinóides, outra substância muito importante para os efeitos recreativos e medicinais da planta são os terpenos.

Os terpenos são compostos orgânicos e aromáticos encontrados nos óleos de todas as flores, incluindo a maconha. Curiosamente, esses óleos têm seu próprio potencial médico independente.

Canabinóides e terpenos trabalham em harmonia, resultando em um “efeito de comitiva” e aprimorando as propriedades médicas da cannabis.

Diferentes espécies de maconha

Cannabis é o gênero da planta, já sativa e indica são espécies dela. Isso significa que, por serem plantas de diferentes espécies, também têm diferentes características.

No entanto, atualmente, a maioria das espécies de Cannabis são híbridas. Nesse ponto, é comum que as plantas híbridas possam reunir as melhores qualidades de ambas em uma única planta.

Então, as classificações entre espécies importam menos do que a strain (ou cepa), que serve para classificar as plantas conforme as suas propriedades e características específicas.

Essa categorização pode, por exemplo, fazer referência às concentrações de THC, CBD e terpenos — e, consequentemente, sua potência e aroma.

Além disso, também existe o cânhamo, pertencente ao mesmo gênero (Cannabis ruderalis), sem efeito psicoativo, com amplo uso na indústria: desde suplementos alimentares até matéria-prima para roupas e acessórios.

Cannabis Sativa

A Cannabis da espécie Sativa têm folhas longas e finas de cor mais clara. Os botões são longos e finos de cor vermelha ou laranja.

De forma geral, elas tendem a ter altos níveis de THC e baixos índices de CBD. Por esse motivo, é comum ser utilizada como energizante e estimulante.

Cannabis Indica

A Cannabis Indica, por outro lado, tem folhas largas e profundas. Os botões são densos e bem compactos de cor roxa.

Essas plantas, em geral, têm níveis médios de THC e uma quantidade maior de CBD. Por esse motivo, seus efeitos costumam ser relaxantes e calmantes.

Maconha medicinal

Um levantamento, feito pela UNODC, apontou que cerca de 183 milhões de pessoas fazem uso da maconha para fins medicinais. A UNODC é um órgão das Nações Unidas que discute as políticas de drogas dos países.

Essas pessoas estão espalhados por cerca de 135 países, que somados representam cerca de 92% da população do mundo inteiro.

Ou seja, não restam dúvidas de que a maconha medicinal (ou Cannabis Medicinal, CBD medicinal ou qualquer outro nome) está no centros das atenções quando o assunto são doenças de difícil tratamento.

Nesse sentido, a conclusão de muitos estudos sobre Cannabis demonstram a habilidade de suas substâncias em tratar convulsões, ansiedade, inflamações, dores e náuseas e, por consequência, em auxiliar pacientes com diversas doenças.

Em 19/04/2023, o Programa Institucional de Política de Drogas, Direitos Humanos e Saúde Mental da Fiocruz lançou uma nota técnica confirmando as evidências científicas de tratamentos terapêuticos que se baseiam em Cannabis e seus derivados.

A nota teve o objetivo principal de contribuir para os subsídios da literatura científica para as instituições responsáveis por diferentes aspectos referentes à regulamentação, pesquisa, produção, padronização distribuição e uso da maconha para fins medicinais.

Ana Paula Guljor, coordenadora do Programa da Fiocruz, ampliou esse dabate para incluir também a dificuldade em relação ao acesso restrito devido ao alto preço dos medicamentos:

“Quando falamos da Cannabis medicinal, precisamos discutir sobre a produção, a regulamentação do seu uso, sua distribuição, incorporação na rede do Sistema Único de Saúde [SUS] e, nesse sentido, a nota técnica da Fiocruz vem para contribuir com o diálogo social e também com a comunidade científica como um todo”.

Segundo o neurocientista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE/Fiocruz), Sidarta Ribeiro, as indicações com mais fundamentos científicos são para epilepsia, dor neuropática e para tratar os efeitos adversos de quimioterapia ou radioterapia.

Além disso, “também vêm aflorando, com mais e mais evidências, indicações para autismo, Parkinson, Alzheimer, Síndrome de Tourette, Doença de Crohn, entre outras“, explicou Sidarta.

O biólogo e pesquisador do Laboratório de Neuroquímica do Instituto de Biofisica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ), Ricardo Reis atualiza a situação das pesquisas científicas em relação ao assunto:

Os benefícios terapêuticos desses compostos (CBD e THC) já foram observados tanto em modelos animais quanto em ensaios clínicos, demonstrando-se bastante seguros e eficazes. Para lém desses dois fitocanabinoides, inúmeras outras moléculas têm recebido destaque nos últimos anos“.

Isso sem contar todo potencial comercial do cânhamo, cultivado majoritariamente para uso industrial ou medicinal (com baixo teor de THC e alto teor de CBD): “em termos comerciais, pode ser empregado em inúmeros itens, na indústria textil, em roupas, em plásticos biodegradáveis, em biocombustível, alimentos e ração animal“.

No entanto, um dos grandes desafios para o desenvolvimento de mais pesquisas científicas sobre maconha medicinal é a dificuldade de receber auxílio de fomento em pesquisas:

 “De modo geral, a ciência e a medicina canabinoide apresentam evidências científicas, tanto de eficácia quanto de segurança, mas, de fato, podem ser obtidos dados mais robustos de pesquisa clínica, da mesma maneira como são realizadas as validações de um novo medicamento, por exemplo. A medicina canabinoide ainda tem potencial de crescimento e o uso dos fitocanabinoides, assim como canabinoides sintéticos, é promissor em diversas patologias e quadros metabólicos”, relata o pesquisador da UFRJ.

Um dos principais benefícios da maconha como tratamento medicianal, na concepção de Sidarta Ribeiro, é ter poucos efeitos adversos, ter poucos grupos de risco e não produzir overdose ou dependência:

Ela tem poucos efeitos adversos, os grupos de risco existem, mas são conhecidos e não são a maior parte da população. Então, na verdade, é um remédio muito antigo, que não está aí por acaso. Está aí porque por muitas e muitas gerações de ancestrais nossos cultivaram variedades que são muito específicas”.

Exemplos de doenças que podem ser tratadas com Cannabis

Um exemplo de doença que pode ser tratada com Cannabis é a síndrome de tourette, um distúrbio do sistema nervoso que afeta a vida de milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo adultos e crianças.

Outros estudos também comprovam os benefícios da maconha no tratamento de diabetes e alguns tipos de epilepsia, em especial na redução da frequência das síndromes epilépticas refratáriasque resistem aos medicamentos convencionais.

A epilepsia é uma condição é uma condição que atinge 1em cada 100 pessoas, o que representa cerca de 65 milhões de pessoas no mundo.

A epilepsia refratária é o termo que se refere ao quadro grave, que acontece na infância e tem evolução desfavorável.

A esclerose múltipla, uma doença autoimune, também pode ser tratada através de Cannabis, especialmente devido às propriedades anti-inflamatórias.

Os espasmos musculares são outra condição que a maconha medicinal pode apresentar benefícios devido aos seus efeitos relaxantes.

Além do tratamento de doenças, o uso de Cannabis também pode resultar na diminuição de efeitos de algumas drogas, como o MDMA.

O efeito hipotérmico (redução da temperatura do corpo) e as propriedades anti-inflamatórias do THC podem atuar como neuroprotetores.

Isso previne a hipertermia (elevação da temperatura corporal), a ativação glial e a perda axonal de neurônios dopaminérgicos, que são efeitos do uso de MDMA.

Cannabis sativa e seu uso medicinal no Brasil

Em 2015, a legislação brasileira passou a permitir a importação de produtos à base de Cannabis Sativa. Desde então, estima-se que brasileiros e brasileiras já importaram cerca de 78 mil medicamentos com CBD.

Atualmente, permite-se que crianças e adultos utilizem maconha medicinal na forma de medicamentos. Para isso, a Anvisa importa mais de 10 tipos de medicamentos de Cannabis.

Um recente avanço nesse sentido foi a aprovação, em 2017, do remédio Mevatyl. Basta a apresentação de uma receita médica para comprá-lo.

Planta da maconha

Uma caixa contém 3 frascos de spray com 10ml. O produto possui quantidades iguais (1:1) de THC e CBD, com efeito medicinal eficiente e cientificamente comprovado.

Além disso, nos últimos anos a ANVISA concedeu 4.617 autorizações para importação de remédios à base de Cannabis, prescritos por mais de 800 médicos no país.

Uma grande questão para o acesso a esses remédios é o custo. A importação de medicamentos com CBD é muito cara.

Assim, as associações sem fins lucrativos que combatem diretamente a dificuldade no acesso a maconha medicinal no Brasil, são alternativas para driblar o alto custo desses medicamentos.

Quanto tempo a maconha fica no seu corpo?

A verdade é que não existe uma resposta exata para essa pergunta. A melhor resposta é que esse tempo é variável para cada pessoa.

É muito difícil prever o tempo de duração dos efeitos da maconha, assim como é difícil prever o tempo em que a maconha permanece no corpo das pessoas.

Em primeiro lugar, porque existem diferentes modos de usá-la — como, por exemplo, através de vaporizador, fumando ou comendo. Isso influencia diretamente nisso.

Além do mais, cada pessoa tem um sistema biológico próprio, que compreende a capacidade de metabolizar as substâncias. A variação também depende da frequência e quantidade do uso.

Então, não há como prever ou saber ao certo por quanto tempo uma pessoa irá testar positivo para alguma substância, apenas alguns estudos que estimam esse tempo.

Todos esses fatores fazem com que o cálculo da janela de detecção (números de dias após parar o uso completo em que o teste toxicológico ainda será positivo) seja muito complexo.

Tão complexo que é impossível estabelecer uma janela de detecção padão. Esse tempo é variável para cada pessoa.

As formas de uso recreativo da maconha

Como você já sabe, existem diferentes tipos de maconha. Isso faz com que os seus efeitos também sejam diferentes: podem ser relaxantes ou estimulantes. Isso depende muito da sua variação e também da strain da planta.

Por isso, não existe uma única forma ou um único objetivo ao usar a maconha como recreção. Algumas pessoas associam o uso recreativo da maconha a um dia tranquilo na praia ou a uma sessão de filmes em casa.

Outras pessoas preferem usar maconha para produzir artisticamente, para comer ou até mesmo antes de ter relações sexuais. Apesar disso, não está claro se a maconha pode causar impotência sexual.

Tipos de strains

Em relação à maconha recreativa, existem diferentes strains com gostos e aromas diferentes. No Brasil, uma das strains mais famosas é a Manga Rosa,100% sativa, com efeitos estimulantes.

Outra strain bastante popular é a Colombian Gold, uma ótima opção para quem está começando, porque tem efeitos mais sutis.

A Colombian Gold tem gostinho de limão e é uma das genéticas que deu origem ao Skunk#1 ou “Skank” — denominação bastante comum no Brasil para se referir às flores não prensadas de maconha. 

Fumar ou vaporizar a maconha também pode ser uma experiência degustativa. Há muitas variedades de maconha com sabor e aroma de frutas. Dentre elas vamos destacar a Super Lemon Haze, uma strain híbrida, com sabor cítrico e levemente adocicado, e a Banana Kush, com gosto de bananas frescas.

Outra strain com características muito peculiares é a Pineapple Express. Essa strain combina diferentes sensações e tem cheiro de maçã e manga mesclado com sabor de abacaxi, pinho e cedro.

É importante ter em mente que os efeitos de cada uma das strains é diferente para cada pessoa e também varia com a qualidade da planta e a forma como você está se sentindo. Além disso, fatores externos, como a companhia e o lugar, também influenciam nisso.

Sendo assim, o autoconhecimento é a melhor forma de se prevenir de viagens desagradáveis.  

Haxixe

O haxixe é uma outra forma de fazer um uso recreativo e ritualístico da maconha. Em resumo, ele é feito a partir da extração de tricomas da planta de cannabis. O resultado é uma massa, que pode ser fumada ou vaporizada.

Haxixe

Existem várias maneiras de separar os tricomas da planta da matéria vegetal. Cada maneira de produxir o haxixe forma um tipo de hash diferente.

Na Índia, Afeganistão, Paquistão e Marrocos produzem da forma mais antigas e tradicionais, que é sem solventes.

Os processos maiss modernos usam outros equipamentos, como no caso do Rosin, ou solventes, para produzir os óleos de haxixe. 

Cultivo da maconha

O cultivo da maconha no jardim ou em uma estufa indoor é uma forma de não depender do mercado ilegal e garantir a melhor qualidade do fumo. Também é uma maneira de produzir o próprio haxixe e o próprio óleo de CBD.

No fim das contas, cultivar maconha não é um bicho de sete cabelas, mas também não é algo que dá para fazer sem estudar e se preparar.

Por isso, preparamos um guia completo para tirar as dúvidas das pessoas que querem começar a plantar.

Tricomas

De forma geral, o ciclo da planta de Cannabis consiste na germinação, no período vegetativo e na floração. O processo todo dura aproximadamente 4 meses.

No entanto, é fundamental ter atenção ao processo de colheita e de secagem, que são tão importantes quando o ciclo da planta.

Além disso, recomenda-se deixar as flores curando antes de consumí-las. Não existe uma duração específica para isso. Algumas pessoas deixam as flores nesse processo por até um ano.

Com o tempo, a maconha pode absorver melhor os terpenos e os canabinóides. Ou seja, o sabor, o aroma e os efeitos psicoativos.

Mas também ter que ter atenção para que a planta não crie fungos. O lugar da cura deve ser adequado, de preferência um pote hermético de vidro, protegido de luz e calor.

Considerações finais

Como você viu, a maconha tem diferentes formas de uso: além da forma recreativa, pode ser usada para fazer roupas e medicamentos. Isso porque compreende diferentes substâncias, com efeitos e usos versáteis.

No entanto, existe muito estigma e desconhecimento sobre o tema. O que dificulta não só o uso recreativo, mas principalmente o desenvolvimento de pesquisas científicas e o tratamento de doenças.

O objetivo desse artigo foi, portanto, fornecer um panorama geral sobre o que é maconha, quais seus componentes e as mais diversas formas de utilizá-la.

Espera-se que, cada vez mais, seja possível divulgar informações sobre a Cannabis, especialmente para que o uso medicinal seja gratuito e universal para todas as pessoas que precisam.

E você, qual é sua opinião sobre a maconha e as formas de utilizá-la? Você já usou de alguma forma? Tem alguma dúvida? Deixe seu comentário 🙂

O que é maconha?

A maconha é uma planta que, além de substâncias psicoativas que afetam o sistema nervoso, também tem componentes medicinais importantes para o tratamento de doenças graves.

Quais são os efeitos da maconha no corpo humano?

O THC é a substância mais popular da maconha, que causa os efeitos psicoativos ou o “alto sentido” da maconha. Além disso, tem efeito analgésico, anti-náuseas, ajuda no sono e no apetite e estimula o humor.
O CBD, outra substância, não tem efeitos psicoativos. Mas reduz dores, náuses, inflamações, ansiedade e convulsões.

Quais são as substâncias que existem na maconha?

Dentre os mais de 750 compostos que a maconha tem, cerca de 104 são canabinóides – que interagem com o funcionamento do corpo das pessoas. Os dois canabinóides mais populares são THC e CBD.

Quais são as espécies de maconha?

Cannabis é o gênero da planta. Já “sativa” e “indica” são espécies dela.

Quais características da Cannabis Sativa?

A Cannabis Sativa tem folhas longas e finas de cor mais clara. Os botões são longos e finos na cor vermelha ou laranja. Além disso, tem alto nível de THC e baixo índice de CBD. Por isso, é usada como energizante e estimulante.

Quais características da Cannabis Indica?

A Cannabis Indica tem folhas largas e profundas. Os botões são densos e roxos. Tem níveis médios de THC e quantidade maior de CBD. Por isso, serve como relaxante e calmante.

Quais doenças podem ser tratadas com maconha medicinal?

Segundo Sidarta Ribeiro, pesquisador da Fiocruz, as indicações com mais fundamentos científicos são para epilepsia, dor neuropática e para tratar os efeitos adversos de quimioterapia ou radioterapia. Mas também tem indicações para autismo, Parkinson, Alzheimer, Síndrome de Tourette, Doença de Crohn entre outras.