Qual a forma mais saudável de consumir maconha? E a que mais dá mais brisa? Descubra as diferenças entre bongar, fumar, comer e vaporizar aqui.

Sumário

  1. Fumar maconha
  2. Vantagens de fumar maconha
  3. Desvantagens de fumar maconha
  4. Como reduzir danos ao fumar maconha?
  5. Qual a diferença entre fumar e vaporizar?
  6. Comer maconha — ingestão oral
  7. Canabidiol e o uso medicinal da maconha

É provável que todas as pessoas já tenham (pelo menos!) visto alguém fumar um baseado.

Mas nem todo mundo sabe que existem diferentes formas de consumir maconha: fumar, bongar, vaporizar ou comer.

E, mais: cada uma dessas formas interfere na duração e na intensidade dos efeitos e no impacto na nossa saúde.

Isso significa dizer que existe formas de consumir maconha mais saudáveis do que outras. Da mesma forma, existem jeitos de aumentar a duração e a intensidade dos efeitos.

Pensando nisso, o objetivo desse texto é explicar as diferentes formas de consumir maconha, especialmente através das vantagens e as desvantagens de cada uma. Vamos lá?

Fumar maconha

Sem dúvidas, fumar é o jeito mais popular de usar maconha.

Mas, mesmo essa forma convencional, tem variáveis. Inclusive, algumas bastante criativas.

A forma mais comum é fumar um baseado enrolado na seda ou em um cachimbo (que pode ser um pipe ou um bong).

Nessa hora, a escolha do material do pipe e do bong também é importante. Mas vou falar disso mais pra frente.

Se comparar com outras formas de consumo (principalmente com a ingestão oral), ao fumar maconha, os efeitos aparecem mais rápido.

A duração e a intensidade dos efeitos depende da quantidade de Cannabis que você fumar. Em geral, os efeitos duram entre uma e três horas.

É importante lembrar que cada organismo reage às substâncias de uma forma diferente. Então, a melhor forma é não se basear na experiência de outras pessoas.

Conheça o seu corpo e entenda os seus limites. Comece aos poucos e evite uma onda desagradável.

Explorando as Vantagens de Fumar Maconha: Uma Experiência Imediata e Socialmente Conectada

Fumar maconha oferece uma série de vantagens, com uma das mais notáveis sendo a rapidez com que o efeito se manifesta. Para muitas pessoas, o efeito é sentido quase instantaneamente no momento em que estão fumando, proporcionando uma experiência imediata e palpável. 

Esta característica torna a cannabis uma opção popular para aqueles que desejam alívio rápido de sintomas como dor, estresse ou ansiedade, ou que simplesmente desejam relaxar e desfrutar dos efeitos recreativos da planta.

Além da rapidez do efeito, fumar maconha através de um baseado tradicional oferece uma conveniência prática que não pode ser ignorada.

A capacidade de enrolar um baseado em qualquer lugar, seja em uma festa, em casa ou ao ar livre, torna esta uma opção acessível e fácil para os entusiastas da cannabis. 

A ritualística envolvida no ato de enrolar e compartilhar um baseado também contribui para uma experiência socialmente conectada, criando oportunidades para interações significativas e compartilhamento de momentos entre amigos.

Além disso, fumar maconha através de um baseado permite uma certa dose de controle pessoal sobre a dosagem. 

Os usuários podem ajustar a quantidade de cannabis que consomem de acordo com suas preferências individuais e tolerância, permitindo uma experiência personalizada e adaptável a cada situação.

Outra vantagem significativa é a portabilidade e a discrição oferecidas pelo consumo de maconha por meio de um baseado. 

Ao contrário de outras formas de consumo, como vaporização ou comestíveis, o baseado é discreto e facilmente transportável, tornando-o uma escolha conveniente para aqueles que desejam desfrutar dos efeitos da cannabis em movimento ou em ambientes sociais onde outras formas de consumo podem não ser práticas.

Em resumo, fumar maconha através de um baseado oferece uma série de vantagens, incluindo a rapidez do efeito, conveniência prática, experiência socialmente conectada, controle de dosagem e portabilidade discreta. 

Estas características tornam o baseado uma escolha popular entre os consumidores de cannabis que valorizam a acessibilidade, a sociabilidade e a experiência imediata que esta forma de consumo proporciona.

Desvantagens de Fumar Maconha

Embora o consumo de maconha por meio de fumar seja amplamente praticado e valorizado por muitos, é importante reconhecer as desvantagens associadas a essa forma de uso, especialmente em relação à saúde e à segurança. 

Ao fumar maconha, os usuários inalam não apenas os compostos desejados, como o THC, mas também uma variedade de substâncias químicas resultantes da combustão do material vegetal e da seda utilizada para enrolar o baseado.

A história de que “o que faz mal é o papelzinho” contém uma dose de verdade, pois diferentes tipos de seda podem conter quantidades variáveis de substâncias químicas, como produtos de branqueamento, corantes e adesivos, que podem ser inalados junto com a fumaça da maconha. 

Essas substâncias adicionadas ao papel podem representar riscos à saúde, especialmente quando inaladas repetidamente ao longo do tempo.

Além disso, quando a maconha é misturada com tabaco para formar um “spliff”, os riscos à saúde aumentam significativamente. 

Além de inalar o monóxido de carbono liberado durante a queima do tabaco, os usuários também estão expostos aos componentes altamente cancerígenos presentes nos cigarros comerciais. Esta prática pode aumentar o risco de desenvolver uma variedade de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e câncer de pulmão.

Outra desvantagem importante do fumo de maconha é o potencial de dependência e abuso. E

mbora a maconha seja geralmente considerada menos viciante do que substâncias como álcool ou tabaco, ainda é possível desenvolver dependência psicológica e padrões problemáticos de uso, especialmente quando consumida regularmente em grandes quantidades.

Como reduzir danos ao fumar maconha?

A escolha do material da seda, do bong e do cachimbo são essenciais para reduzir danos na hora de fumar maconha.

O uso de algo que resfrie a fumaça como, por exemplo, um bong ou piteiras, também é essencial.

Vamos entender mais sobre cada uma das estratégias de redução de danos para conseguir fazer escolhas mais conscientes e fumar um baseado da forma mais saudável possível.

1. Evite sedas coloridas ou com cheiro e blunts

Pode até ser tentador fumar um baseado com gostinho de melancia. Ou em uma blunt grande (como se estivesse em um vídeo de rap americano).

No entanto, sedas com desenhos, aroma e sabor liberam mais toxinas que as sedas convencionais.

Afinal de contas, ao fumar nesse tipo de seda, as pessoas inalam as tintas e os outros produtos químicos que deixam a seda com essas propriedades.

Por isso, o ideal é fumar em uma seda transparente. Quanto mais transparente e fina, melhor.

2. Dê preferência aos cachimbos e bongs de vidro e silicone

Uma das principais vantagens de fumar em cachimbos é não desperdiçar maconha. Cabe a quantidade perfeita para uma ou duas tragadas.

Além de ser prático, também libera menos toxinas do que fumar na semana. Mas a escola do material também é importante.

O vidro, por exemplo, é um excelente material: é duradouro e fácil de limpar. No entanto, é fácil de quebrar.

O silicone pode ser um pouco mais difícil de limpar por não ser transparente, mas não é tão delicado quanto o vidro.

Além disso, existem muitos pipes de madeira que alteram o sabor da Cannabis e não são tão fáceis de limpar. Por outro lado, não fazem mal. 

Evite cachimbos e bongs de plástico. Quando esquentam, esse material solta muitas outras toxinas muito mais nocivas ao pulmão.

Quando se fuma no pipe ou no bong, a fumaça percorre uma distância até a boca, fazendo com que ela chegue no corpo mais fria.

Isso reduz alguns danos, especialmente se comparar a fumar na seda. O ideal para nossa saúde é colocar água e gelo no bong. Essa forma filtra as impurezas da Cannabis e a fumaça sai mais fresca.

No entanto, é importante ter cuidado na quantidade que você vai fumar. No bong, os efeitos são mais intensos.

3. Use piteiras longas

Outra forma de reduzir danos é usar piteiras. Quanto mais longa for, melhor.

A piteira tem a função de filtrar as impurezas e resfriar a fumaça. O que é essencial para reduzir os danos na hora de fumar.

Se for misturar tabaco com maconha, também é importante usar filtro de tabaco. O filtro não diminui a quantidade de THC. Apenas filtra as impurezas.

4. Nunca segure muito a fumaça e evite os becks de ponta

É provável que você já tenha escutado que segurar a fumaça deixa mais chapado. Mas isso não é verdade! É um mito.

O nosso corpo começa a absorver o THC assim que ele cai na corrente sanguínea. Alguns estudos dizem que o tempo ideal para segurar a fumaça é de 3 segundos.

Esse tempo é suficiente para os pulmões removerem a quantidade de canabinóides e levar para a corrente sanguínea.

Depois desse tempo, você apenas está inalando mais fumaça, monóxido de carbono e outras toxinas.

Além disso, as toxinas se concentram no fim do baseado. Então, fumar um beck de pontas é fumar a alta concentração com toxinas — especialmente sem filtro.

Qual a diferença entre fumar e vaporizar?

A vaporização é uma das muitas formas de consumir maconha, oferecendo uma alternativa única ao tradicional método de fumar. 

Embora os efeitos da cannabis vaporizada sejam semelhantes aos experimentados ao fumar, começando em poucos minutos e durando várias horas, a forma como o corpo absorve os compostos ativos é significativamente diferente.

Uma das principais diferenças entre fumar e vaporizar está na temperatura. Os vaporizadores oferecem uma variedade de opções de temperatura, permitindo que os usuários controlem precisamente o calor aplicado à cannabis. 

Como os fitocanabinoides, os compostos ativos da maconha, queimam em diferentes temperaturas, os usuários podem escolher vaporizar mais ou menos CBD ou THC ajustando o controle de calor. Isso proporciona uma experiência personalizada e adaptável às preferências individuais de cada usuário.

Além da flexibilidade na seleção da temperatura, a vaporização oferece várias outras vantagens em relação ao fumo tradicional. 

Os vaporizadores são discretos e não produzem o cheiro característico associado ao fumo de maconha, tornando-os ideais para uso em ambientes onde o cheiro pode ser indesejável. 

Além disso, a vaporização elimina a produção de monóxido de carbono, um subproduto da combustão que está associado a uma série de problemas de saúde. 

Dessa forma, vaporizar não apenas oferece uma experiência mais agradável e discreta, mas também é uma forma de reduzir os potenciais danos à saúde causados pela inalação de produtos de combustão.

No entanto, é importante notar que nem todos os vaporizadores são criados iguais, e a qualidade do dispositivo pode influenciar significativamente a segurança e a eficácia da vaporização. 

Alguns vaporizadores são feitos com polietilenoglicol (PEG), um composto que pode produzir substâncias cancerígenas em temperaturas elevadas. Portanto, é crucial escolher uma marca de vaporizador confiável e de alta qualidade para garantir uma experiência segura e satisfatória.

Comer maconha ingestão oral

O primeiro passo para fazer alimentos com maconha (como brisadeiro e outros edibles) é descarboxilar a planta. Essa é uma etapa fundamental para sentir os efeitos.

De forma geral, a principal diferença de ingerir maconha refere-se à intensidade e à duração dos efeitos.

Descarboxilação de maconha
Foto: Weed Republic

Nosso corpo demora mais para absorver os alimentos de maconha e os efeitos podem demorar bastante para se manifestar.

Por outro lado, os efeitos são mais longos. Em geral, duram aproximadamente 5 horas. Mas em algumas pessoas se estendem até 12 horas.

Em relação às vantagens, comer maconha é uma forma de reduzir danos em relação a fumar maconha.

Afinal de contas, não se ingere monóxido de carbono e outras toxinas referentes à combustão.

A principal desvantagem de comer é a dificuldade de controlar a dose. O tempo que os efeitos demoram a aparecer pode confundir e fazer com que a pessoa consuma uma dose maior do que a ideal.

Por isso, é bom comer doses pequenas e aos poucos.

Canabidiol e o uso medicinal da maconha

Óleo de maconha
Foto: HubInternational

Hoje em dia, existem muitas formas de extrair concentrados de maconha.

Os óleos de maconha (ou canabidiol) são bastante comuns para tratamentos medicinais. Afinal de contas, são concentrados em CBD e não têm efeitos psicotrópicos.

Atualmente, para ter acesso aos óleos de CBD no Brasil, é necessário ter uma receita média e autorização especial da ANVISA.

Depois desse texto, você já está sabendo tudo sobre as diferentes formas de consumir Cannabis. Inclusive, a partir das vantagens e desvantagens de cada uma delas.

Agora já pode fazer escolhas de acordo com as sensações que você está buscando e, principalmente, reduzindo, no que for possível, os danos.