Descubra os benefícios que o lubrificante de maconha podem ter na hora do prazer! E aprenda o passo a passo para fazer o seu próprio lubrificante canábico.

Mulher e maconha. As afinidades entre ambas extrapolam a primeira letra dos nomes. Intrinsecamente feminina, a sagrada planta só nos oferece flores se for fêmea. Dessas flores, extrai-se um lubrificante, à base de óleo de coco, que, em contato íntimo com a mucosa vaginal, possibilita um prazer difuso e eletrizante.

Prazer, lubrificante à base de maconha. Com a pretensão de provocar orgasmos mais intensos, de até 15 minutos, ou múltiplos, o lubrificante de maconha é de uso tópico e local. Deve ser aplicado bem no clitóris, até uma hora antes do sexo. Passado esse tempo, não presuma sentir a onda bater no juízo. Mas na própria b*ceta.

Prepare-se para um descontrole supremo das contrações vaginais. A maré enche, deliciosamente. Acontece, portanto, aceleração e intensificação do gozo. De sabor suave, totalmente comestível, torna o sexo oral de dar água na boca. No entanto, para quem chupa, não resta uma gota de brisa, pois o teor de Tetrahidrocannabinol (THC) contido é insuficiente para tanto.

Neste post, abordaremos os entrelaçamentos entre Cannabis e sexualidade feminina.

Maconha e lubrificante
Foto: Playboy

O que é que o lubrificante à base de maconha tem?

Antes de falarmos mais sobre o lubrificante intimo de maconha, você deve estar curioso sobre como adquirir um produto confiável. A qualidade da matéria-prima e o cuidado no processo são fundamentais para qualidade e segurança no uso de um produto tópico.

O produto que conhecemos a procedência e recomendamos aos interessados é o Lubrificante íntimo da empresa: Linha Canabica. Clique aqui ou na imagem para acessar o link do produto!

Lubrificante de maconha

A Cannabis Sativa, segundo a brasileira que desenvolveu o lubganja – nome genérico –, por ser estimulante, concentra o sangue na área do grelo, ou clitóris, onde estão boa parte das terminações nervosas da vagina. A zona erógena-mor. O efeito esperado é o famoso fogo na xota. O lubrificante, então, toma ares de viagra das mulheres. Sem efeitos colaterais.

Por ser composto, em maior parte, por Canabidiol (CBD), substância correlata à sensação de relaxamento, sua utilização não deixa a mulher sob efeito real da droga. Ou seja, não alteram a consciência. Para pessoas com pênis, a sorte não é tanta. O que se sente é uma sensibilidade um pouco maior ao toque.

Há relatos de que o tesão perdure por três dias. Outros relatos, ainda mais auspiciosos, testemunham que mulheres com mais de setenta anos, cuja libido já havia sido perdida, reacenderam o desejo. Em forma de fumo, a planta também pode auxiliar no tratamento de traumas sexuais, como dor sentida durante a penetração, decorrente de uma agressão, por exemplo.

A gênese do prazer canábico pela fumaça ou em gotas

O emprego da maconha para acentuar a experiência sexual foi novidade mesmo nas regiões do Antigo Egito e da Mesopotâmia. À época, mulheres costumavam aplicar um mel com infusão de Cannabis nas áreas íntimas.

Estes usos ginecológicos da maconha datam de quatro mil anos atrás. A descoberta esteve calcada em manuscritos, que detalhavam variados tipos de preparações, usufruídas para causas mil: usos afrodisíacos, cólicas menstruais, dor ao urinar, tensão pré-menstrual, dor durante o sexo… 

Textos posteriores, da Ásia e da África, registraram inúmeras receitas, com o aproveitamento de diferentes partes da planta – sementes, flores, caules e extratos, pensados para a saúde íntima da mulher. Soa fresco e atual para você?

Mas, de volta àquele assunto que a gente goza, tantos foram documentados, milenarmente, o uso da ganja como afrodisíaco: sexo tântrico, ayurveda, medicina tradicional chinesa… Por outro lado, em algumas culturas, o produto já foi associado a uma indicação para reduzir o apetite sexual. Até hoje, um ou outro queixa-se de sentir sono após dar “um dois”.

Se quando o mel é bom, a abelha sempre volta, presume-se que, por causa da eficácia, o uso canábico, também para esses fins, foi polinizado. O espalhamento foi tanto que chegou à Europa, na Idade Média, e, mais tarde, nas Américas. 

Antes da onda proibicionista do século XX, médicos, em nível global, faziam prescrição da Cannabis, frequentemente em combinação com outras ervas, para uma ampla gama de sintomas ginecológicos.

O que diz a ciência 

Em rodas de conversas entre mulheres que consomem maconha, é quase unanimidade: fumar a planta instiga uma maior malemolência à relação sexual. Chapadas e soltinhas, a tensão é aliviada, e a transa costuma fluir melhor.

É fato. As noções que circundam o desempenho canábico voltado à sexualidade são comumente baseadas em empirismos. É o tal do disse-me-disse. Em particular, ninguém estudou se a mucosa vaginal absorve a Cannabis. Há apenas resenhas pessoais de mulheres. Para nossa alegria, a maioria positivas – inclusive desta que vos escreve.

Se já é difícil que governos financiem estudos relacionados a maconha e câncer, então imagine o estudo da conexão entre cannabis e sexo. No caso do lubrificante de maconha, é como mesclar dois tabus em um frasco: a própria Cannabis e a liberdade sexual das mulheres. 

Cannabis e lubrificantes
Foto: SheKnows

A condição voltada ao fumo da flor associado ao desempenho na cama tem pouco respaldo técnico-científico, mas tem. São poucas as pesquisas que analisam tal vinculação. Uma delas é um estudo recente, originado do departamento de urologia da Faculdade de Stanford, nos Estados Unidos, que apresenta: mulheres que fumam maconha com frequência confidenciaram ter orgasmos mais fortes, graças à providência de um teor mais alto de libido e gozo.

A pesquisa considerou 452 mulheres, por meio de um questionário distribuído em alguns smoke shops norte-americanos. Subdividido em seis categorias – desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor –, o chamado “Índice de Função Sexual Feminina” avaliou a atividade sexual feminina nas quatro semanas anteriores ao teste. 

O resultado, como nós, maconhistas, desconfiaríamos, indicou que tendemos a pontuar mais alto em comparação a quem não fuma unzinho. Quanto maior a frequência de uso das mulheres, mais altos os escores, o que implica melhores experiências sexuais.

As consumidoras mais frequentes, em particular, marcaram maiores pontuações específicas em todos os subdomínios, exceto a dor. Apontou-se também que o uso corriqueiro condiciona taxas mais baixas de disfunção sexual e afastamento da dor durante a transa. 

A pesquisa não lança muita luz sobre quais produtos de maconha podem funcionar melhor para a estimulação sexual. Para os pesquisadores, são vários mecanismos que poderiam explicar os resultados gerais, haja vista que estudos anteriores postularam que o sistema endocanabinoide do corpo está intrinsecamente envolvido na função sexual feminina.

O CB1, um receptor canabinoide, foi achado em neurônios serotoninérgicos que liberam serotonina, imprescindível neurotransmissor atrelado a atividades gozosas. Trocando em miúdos, a ativação do CB1 desencadeia à otimização da função sexual.

Os autores associaram, ainda, que a Cannabis pode melhorar o sexo por reduzir os níveis de ansiedade, o que corrobora para melhorar as experiências e levar a uma satisfação, orgasmo e desejo aprimorados. Como o THC pode alterar a percepção do tempo, os sentimentos de prazer sexual são prolongados.

O efeito potencialmente positivo da maconha sobre a atividade sexual feminina foi obtido pela primeira vez em pesquisas dos anos 1970 e 1980. Em entrevistas, mulheres que usavam a erva confidenciaram melhores experiências sexuais, com mais intimidade e orgasmos.

Por outro lado, pesquisas subsequentes forneceram dados mistos. Alguns estudos apuraram que o orgasmo das mulheres seria, na verdade, inibido pelo uso da substância. Os autores deste novo relatório argumentaram que estudos precedentes se valeram de entrevistas em vez de um questionário voltado e validado para pesquisas.

Exageros no uso da maconha podem secar a fonte

Ainda que as benesses se sobreponham, o exagero, como de praxe, é perigoso. No Uruguai, o sexólogo Santiago Cedrés, presidente da Sociedade Uruguaia de Sexologia publicou, em 2013, ano em que a planta foi legalizada no país, o artigo “A maconha e a sexualidade: os efeitos do consumo e a resposta sexual”. O texto, como as demais pesquisas citadas aqui, veste de palavras robustas e método científico o que já se sente na pele.

Maconha E lubrificantes
Foto: CottageLife

O especialista tirou a prova dos nove de que o THC tem, sim, poder afrodisíaco nas mulheres ao agir no cérebro e provocar relaxamento e aguçamento dos sentidos visual, auditivo e olfativo. Quando em baixa dose, o barato estimula o desejo sexual. O CBD, por sua vez, combate a desinibição, promove relaxamento, excita a sensibilidade e, por fim, entrega uma sensação de bem-estar.

Via de regra para a vida, o exagero acarretaria efeitos adversos, indesejados. A pesquisa uruguaia alerta que o THC em alta dose deixa o usuário suscetível a desorientação, taquicardia, nervosismo, ansiedade e paranoia. Já o excesso de CBD coloca em risco a estabilidade da ovulação e, consequentemente, do ciclo menstrual, o que se traduz em um perigo para aquelas que planejam, ou não, engravidar. 

Somado a tudo isso, pode-se comprometer a lubrificação vaginal. Sabe quando estamos chapados, os olhos avermelham e a saliva fica escassa? Todo corpo tem água, então a vagina não estaria salva da circunstância. Se a fonte seca, o terreno é apropriado para dor no sexo e possíveis fissuras geradas pela fricção. Melhor não passar da conta. A tripa do macaco derruba a sua tora, arremataria Criolo.

Como fazer lubrificante de maconha: Pondo a mão – limpa – na massa (de qualidade) 

É crucial frisar que a fruição dos lubrificantes de maconha pode ser individual, com a masturbação (ou, digamos, sexual care), ou a dois, três…  Além do prazer sexual, o lubganja, por ser formulado com óleo de coco, favorece os cuidados com a região íntima: tem ação antifúngica, anti-inflamatória e antibacteriana.

Isto, claro, quando se manuseia matérias-primas de boa qualidade. Não cogite nem por um segundo utilizar aquela maconha prensada. Fruto do proibicionismo, a “pren”, quadrada e fedorenta, coleciona causos de quem até já encontrou insetos no meio dela. 

A questão é que a maconha prensada brasileira vem de plantações ilegais no Paraguai. Informações da Agência Pública descrevem a maneira inapropriada como os paraguaios secam, processam, estocam e prensam as flores. As plantas são colhidas sem critérios. Tudo vai junto: galhos, sementes e folhas. Y otras cositas más.

Depois, acabam por ficar armazenadas inadequadamente por dias, à espera da prensagem. Neste intervalo, ainda de acordo com a Agência Pública, são expostas ao mau tempo. A umidade propicia a proliferação de fungos e bactérias, e encadeia a decomposição – por isso é característico o cheiro amoníaco.

É de se imaginar que a alta atividade de putrefação seja um convite para a visita de insetos, como moscas e baratas, o que comumente se ouve no relato de algumas pessoas depará-los na hora de bolar um.

A péssima manipulação da ganja é a ponta do iceberg da política de censura à qual é submetida. Sabemos que o apagamento do debate tem raízes elementarmente racistas. A criminalização do uso da maconha é protagonizada, aliás, pelo Brasil: de 1830, a primeira lei do mundo associar o uso da maconha ao crime é um produto da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

O cenário tem melhorado grão a grão. Desde dezembro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) simplificou a compra de produtos importados à base de Cannabis. A aquisição deixou de ser ilegal, desde que amparada por uma receita médica que faça a indicação terapêutica. Caso contrário, pode configurar tráfico de drogas.

Mas para sorver a fonte afrodisíaca, a fabricação também pode ser caseira. O lubrificante é substancialmente um misto de óleo de coco com maconha descarboxilada. 

Quem acompanha o Mapa da Maconha, sabe que processo de descarboxilação é o que ativa a erva e seus poderes psicoativos e terapêuticos. Aqui, já demos as instruções de como desbloquear a bendita.

O lubganja, em sua versão genérica, é criado a partir da 100g de óleo de coco mais 5 a 10g de cannabis descarboxilada (a depender da potência que desejar). Se a erva estiver fresca, e os buds molhadinhos, a descarboxilação vai direto no óleo de coco. O banho-maria dura entre quatro e seis horas, mexendo ocasionalmente. 

Se optar por fazer a alquimia em uma panela simples, o fogo deve ser baixo e o cozimento duraria pelo menos três horas, mexendo com frequência, afinal, direto na panela, a mistura é mais propensa a queimaduras.

Qualquer que seja o método escolhido, uma pequena quantidade de água precisa ser adicionada aos ingredientes, de modo a impedir uma possível queima dos ingredientes. Também, a temperatura do óleo não deve ultrapassar 118°C. Para controlá-la, use um termômetro de cozinha.

Sem apertar, coe o líquido final com uma gaze e guarde em um potinho de vidro, esterilizado. Esta etapa deve ser lenta, para não transferir matéria vegetal para o óleo, o que pode afetar sua durabilidade, de até dois meses. Se refrigerado, terá sua vida útil estendida.

O óleo de coco endureceu, e agora? Sem bad trip. O ponto de fusão deste óleo para o líquido é atingido depois de 24ºC. Ou seja, a própria temperatura do corpo dá conta de derretê-lo. Cai de boca!

E aí, vamos chapar a pepeka? O Mapa da Maconha adverte: o produto pode desencadear uma maravilhosa descarga de prazer. Se você já provou ou provará do lubrificante de maconha, conte para a gente o que sentiu na experiência! Quem goza gostoso não inferniza a vida dos outros, então compartilhe o post com mais pessoas e contribua para a paz mundial. Jah bless! <3